A cura do Câncer e as doenças sociais

Andre Ribeiro • 13 de junho de 2023

Ao longo dos últimos 20 anos, perdi muitos familiares, amigos e conhecidos que foram atravessados por essa temerosa doença. Alguns deles, tive a oportunidade de acompanhar de forma muito próxima até seus últimos momentos, marcados por muita esperança pela chegada da cura do câncer. Infelizmente, não tiveram a oportunidade de ver chegar esse dia. O país estima 704 mil casos novos de câncer entre 2023-2025, segundo projeções do INCA. Ontem, os jornais noticiaram a eficácia de um tratamento que em pouco tempo, vem produzindo efeitos muito positivos, e isso trouxe muita esperança, expectativa e emocionou a todos que já viveram atravessamentos desta doença. Eu, sou um dos que se emocionaram, pois venho esperando, e muito, ver noticiada essa conquista.


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Mas essa doença embora represente uma das maiores causas de mortalidade neste país, não é a única que produz dados e dores tão alarmantes e que alimenta o desejo de ver noticiada sua cura e o seu fim. Um dos outros grandes problemas de nossa sociedade, que causa tantas mortes em diferentes idades e regiões, é o racismo. O racismo produz diariamente várias mortes, seja pelo índice de homicídio, seja pelo descaso com vidas negras em hospitais, sejam dores e doenças emocionais, seja pela ausência de oportunidade ou pelas muitas outras formas como vem ceifando vidas da população negra. Esse problema estrutural de nossa sociedade é como um câncer social, uma doença que de forma dolorosa oprime, encarcera, limita oportunidades e extermina corpos negros. Também gera muita expectativa de um dia vermos o seu fim.


Embora eu acredite e esteja na torcida para a cura do câncer ser uma realidade emergencial, preciso de muita fé para acreditar que viverei o dia em que nossa sociedade não terá racismo. Para a cura do câncer precisamos do avanço da ciência, das pesquisas e da informação.

Para a eliminação do racismo precisamos do interesse de todos em reconhecer e combater essa prática nefasta que afeta a dignidade humana. Precisamos também de educação antirracista, de políticas públicas efetivas, de reparação histórica e de justiça social. Precisamos ainda de mais amor e respeito pelo próximo.


Afinal, "numa sociedade racista, não basta não ser racista. É necessário ser antirracista" - Angela Davis


Nós da Diaspora.Black atuamos de forma pedagógica, educativa, lúdica e criando oportunidades para conscientizar as pessoas sobre a importância da diversidade racial e cultural. Acreditamos que essa é uma forma de contribuir para a cura desse câncer social que é o racismo. E você, o que tem feito para ajudar nessa luta?


Obs: Reflexões do nosso CEO e Cofundador, Carlos Humberto

Por Carol Oliver 22 de julho de 2025
Por muito tempo, o turismo no Brasil ignorou as histórias, vozes e territórios negros. Mas hoje, cada vez mais, guias turísticos negros estão assumindo o protagonismo na condução de experiências que valorizam a ancestralidade, resgatam memórias e transformam o ato de viajar em um mergulho identitário e político. Esses profissionais não apenas apresentam paisagens e monumentos. Eles recontam a história a partir de outra perspectiva. Uma perspectiva que revela o que foi apagado, silenciado ou distorcido, e que honra os passos de quem resistiu e construiu as bases culturais do país. Na Diaspora.Black, temos orgulho de caminhar ao lado de guias que atuam em quilombos, centros históricos e territórios de resistência em todo o Brasil. São mulheres e homens negros que fazem do afroturismo uma ferramenta de empoderamento, educação e valorização da cultura afro-brasileira.
Por Carol Oliver 17 de julho de 2025
Viajar é uma forma de se conectar com o mundo. Quando essa conexão é guiada pela ancestralidade, ela ganha profundidade, significado e senso de pertencimento. O afroturismo é uma oportunidade de enxergar o território brasileiro pelas lentes da população negra, celebrando memórias, tradições e histórias de resistência que moldaram o país. Na Diaspora.Black, você encontra experiências pensadas para fortalecer essa reconexão com a cultura negra. Nossa plataforma reúne roteiros em diferentes regiões do Brasil, conduzidos por guias especializados e comprometidos com o resgate e a valorização de territórios quilombolas, terreiros, blocos afro, rodas de samba, culinária ancestral e muito mais. Se você está planejando uma viagem afrocentrada, confira as dicas que preparamos para te ajudar a construir um roteiro com propósito.
Por Carol Oliver 3 de julho de 2025
No Brasil, o Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial, celebrado em 3 de julho, marca uma importante mobilização por igualdade, reparação histórica e valorização da memória da população negra. Essa data é um convite à reflexão sobre os caminhos para uma sociedade mais justa, diversa e antirracista. O turismo afrocentrado tem se mostrado uma dessas ferramentas de transformação. Ao revisitar territórios marcados pela história da população negra, o afroturismo promove o reconhecimento de trajetórias que foram silenciadas e, ao mesmo tempo, fortalece a autoestima coletiva. Cada roteiro se torna uma oportunidade de reconexão com as raízes africanas, com os saberes ancestrais e com as contribuições negras que moldaram o Brasil em diversas áreas, como a religiosidade, a arte, a culinária e a arquitetura. Mais do que destinos, o turismo afrocentrado oferece experiências. Ele convida a caminhar por lugares como o Pelourinho, o Bairro da Liberdade ou Madureira , não como simples visitantes, mas como herdeiros de histórias vivas. Em cada trajeto, resgatamos memórias de resistência, celebração e pertencimento. Como destaca Carlos Humberto, CEO da Diaspora.Black: “O turismo é uma das formas mais extraordinárias de promover o conhecimento de lugares, pessoas, histórias, narrativas, e esse conhecimento parte da ideia da pessoa experimentar os lugares e esses lugares nunca mais saírem dela. E essa ferramenta é uma ferramenta poderosa de combate ao racismo. É uma ferramenta poderosa para transformar olhares e pessoas e trazer inspirações de superação de vida e da luta contra o racismo.” É nesse reencontro com a ancestralidade que nasce a potência transformadora. Ao reconhecer e valorizar a cultura negra, o afroturismo contribui para o enfrentamento do racismo estrutural e abre espaço para o protagonismo de comunidades negras em todo o país. Em um contexto em que vozes negras ainda são muitas vezes silenciadas, escolher viajar com propósito se torna também um gesto político. É afirmar que a história do Brasil é profundamente negra e merece ser celebrada com respeito, orgulho e visibilidade. Quer viver essa experiência e fortalecer essa luta com a gente? Acesse diaspora.black e conheça roteiros que celebram a negritude, a ancestralidade e a potência do nosso povo.
Por Carol Oliver 30 de junho de 2025
A presença do SCORE (Solidarity Council on Racial Equity) da Fundação Kellogg no Brasil foi muito mais do que uma visita institucional. Foi um marco estratégico para a luta por justiça racial, tanto no Brasil quanto no cenário global. A Diaspora.Black teve a honra de ser parceira dessas jornadas, que aconteceram em Salvador e São Paulo entre abril e maio, com uma programação potente reunindo importantes lideranças negras nacionais, organizações sociais, comunidades tradicionais e iniciativas comprometidas com a reparação histórica e a construção de novos futuros. Confira o que aconteceu em cada cidade! A presença do SCORE (Solidarity Council on Racial Equity) da Fundação Kellogg no Brasil foi muito mais do que uma visita institucional. Foi um marco estratégico para a luta por justiça racial, tanto no Brasil quanto no cenário global. A Diaspora.Black teve a honra de ser parceira dessas jornadas, que aconteceram em Salvador e São Paulo entre abril e maio, com uma programação potente reunindo importantes lideranças negras nacionais, organizações sociais, comunidades tradicionais e iniciativas comprometidas com a reparação histórica e a construção de novos futuros. Confira o que aconteceu em cada cidade!
Por Carol Oliver 30 de junho de 2025
Descubra 3 experiências imperdíveis de Afroturismo na Bahia com a Diaspora.Black: cultura negra, terreiros de Candomblé e sabores ancestrais.
Por Carol Oliver 30 de junho de 2025
Madureira é o novo destino afro do Rio! Cultura, economia local e experiências com propósito te esperam. Reserve com a Diaspora.Black.
Por Carol Oliver 30 de junho de 2025
Descubra roteiros de afroturismo em São Paulo com a Diaspora.Black: caminhadas históricas, cultura afro e vivência em quilombo. Reserve já!
4 de dezembro de 2024
O projeto Ocyan nas Escolas , realizado pela Diaspora.Black em parceria com a SEEDUC (Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro) e a empresa Ocyan , trouxe uma abordagem inovadora para promover a transformação das comunidades escolares. Finalizado em novembro de 2024, a iniciativa impactou 13 escolas, sendo 3 na zona portuária do Rio de Janeiro e 10 na região de Macaé, levando educação antirracista, cultura de paz e prevenção de conflitos para o cotidiano escolar. Um Chamado à Transformação Em tempos de desafios sociais e educacionais, o projeto Ocyan nas Escolas reafirma a importância de ações estruturadas e conscientes para transformar os espaços escolares. A essência do projeto reflete a força de uma educação que reconhece a ancestralidade, valoriza a diversidade e busca construir uma convivência baseada no respeito mútuo e na empatia. Os objetivos do projeto foram claros: Educação Antirracista: Incorporar práticas pedagógicas que combatem o racismo e fomentam a igualdade. Prevenção de Conflitos: Implementar diagnósticos como o Mapa de Calor, ferramenta estratégica para antecipar e mitigar conflitos. Promoção de uma Cultura de Paz: Transformar a escola em um espaço de convivência harmônica, engajando toda a comunidade escolar. Metodologia: Valores Afro-civilizatórios A base do projeto foi a metodologia dos Valores Afro-civilizatórios , desenvolvida a partir dos conceitos da Dra. Azoilda Loretto da Trindade , uma referência em práticas pedagógicas antirracistas. Essa abordagem promove reflexões profundas e ações concretas, combinando atividades lúdicas e participativas que estimulam a empatia e o engajamento coletivo. Os Valores Afro-civilizatórios não são apenas uma pedagogia; são uma forma de resgatar a ancestralidade como um guia para enfrentar os desafios do presente. Ações Realizadas A implementação do projeto envolveu uma série de atividades presenciais e online, estruturadas para atender às demandas específicas de cada escola: Mapa de Calor: Diagnóstico detalhado que identificou áreas de risco de conflito, oferecendo uma base sólida para intervenções. Oficinas Temáticas: A Cultura de Paz na Escola Mediando Conflitos na Escola Do Preconceito ao Bullying: Como evitar? Oficina de Comunicação Não Violenta Curso de Mediação de Conflitos: Capacitação de educadores e gestores para o manejo adequado de conflitos e a construção de um ambiente escolar saudável. Apresentação Cultural: Uma celebração das raízes e da ancestralidade como elementos centrais para repensar a convivência escolar. Impactos do Projeto O Ocyan nas Escolas gerou resultados expressivos: Mais de 30 iniciativas de ação mapeadas, fortalecendo práticas antirracistas e pacificadoras. 276 pessoas impactadas diretamente, entre professores, estudantes, diretores, gestores e coordenadores pedagógicos, consolidando o engajamento da comunidade escolar. Um Legado para o Futuro O sucesso do Ocyan nas Escolas demonstra o poder transformador de uma educação que valoriza a diversidade e a ancestralidade. Mais do que um projeto, essa iniciativa se consolidou como um marco para o fortalecimento da cultura de paz e da convivência inclusiva. O impacto alcançado reflete a importância de investir em metodologias que não apenas enfrentam os desafios do presente, mas também pavimentam o caminho para uma sociedade mais equitativa e justa.
1 de dezembro de 2023
O mês de novembro é marcado pela celebração do Dia da Consciência Negra. A data é uma oportunidade para refletir sobre a história, a cultura e as lutas da população negra no país, que ainda enfrenta muitos desafios e desigualdades. Um desses desafios é o empreendedorismo, uma atividade que vem ganhando cada vez mais destaque entre os negros e negras brasileiros. Segundo o estudo "Afroempreendedorismo Brasil", realizado pelo Movimento Black Money em parceria com a RD Station e o Inventivos, 51% dos empreendedores brasileiros são negros, o que representa 14 milhões de pessoas. Além disso, o afroempreendedorismo movimenta cerca de R$ 1,73 trilhão por ano no país. O empreendedorismo negro surge como uma forma de superar as barreiras impostas pelo racismo estrutural, que limita o acesso à educação, ao mercado de trabalho formal, ao crédito e às oportunidades de desenvolvimento profissional. Muitos dos negócios criados por empreendedores negros têm como objetivo resolver problemas que eles próprios vivenciaram ou que afetam suas comunidades. Um exemplo é o aplicativo Genyz, desenvolvido pelo jovem CEO Cairê Moreira, que usa tecnologia 3D para escanear o corpo das pessoas e criar roupas sob medida. O aplicativo também lançou a primeira influenciadora virtual do Brasil, a Maya, que tem como propósito promover a diversidade e a inclusão na moda. Outro exemplo é a AfroBox, fundada pela carioca Élida Aquino, que é o primeiro clube de assinaturas focado na beleza negra do Brasil. A empresa envia mensalmente uma caixa com produtos de maquiagem, cabelo e cuidados pessoais adequados para a pele e o cabelo afro. No entanto, apesar do potencial e da criatividade dos empreendedores negros, eles ainda enfrentam muitas dificuldades para consolidar seus negócios. Entre os principais desafios estão: a falta de capital inicial e de acesso ao crédito; a falta de apoio institucional e de políticas públicas; a falta de capacitação e de mentoria; a falta de visibilidade e de reconhecimento; e o preconceito e a discriminação por parte de clientes, fornecedores e investidores. Para superar esses obstáculos, os empreendedores negros contam com o apoio de redes crescente de colaboração, como coletivos, associações, incubadoras e aceleradoras voltadas para o público negro. Essas redes oferecem serviços como capacitação, consultoria, mentoria, networking, divulgação e acesso a recursos financeiros. Alguns exemplos são: Feira Preta, PretaHub, Vale do Dendê, AfroSaúde, BlackRocks Startups e Black Founders Fund. As startups do black founders fund, um fundo de investimento criado pelo Google for Startups, têm em comum o propósito de resolver problemas reais da sociedade, utilizando a tecnologia como aliada. Além do aporte financeiro, elas também recebem mentorias, capacitações e acesso à rede de parceiros e especialistas do Google. Com isso, elas podem escalar seus negócios, gerar mais impacto e inspirar outras pessoas negras a empreender. Um exemplo de startup do black founders fund é a Agenda Edu, uma plataforma de comunicação e engajamento escolar que conecta pais, alunos e professores. A startup foi fundada por Anderson Morais, um jovem negro da periferia de São Paulo, que teve dificuldades para se comunicar com a escola quando era estudante. Hoje, a Agenda Edu atende mais de 1,5 milhão de usuários em mais de 2 mil escolas pelo Brasil. Outro exemplo é a TrazFavela, uma startup de logística que oferece entregas rápidas e seguras nas favelas do Rio de Janeiro. A startup foi criada por Alan Duarte, um morador do Complexo do Alemão, que percebeu a demanda por um serviço de entrega adaptado à realidade das comunidades. A TrazFavela conta com uma rede de entregadores locais, que conhecem as rotas e os desafios das favelas, e utiliza bicicletas elétricas para reduzir a emissão de carbono. Esses são apenas alguns exemplos das startups e iniciativas, que estão mostrando que o empreendedorismo negro é uma força transformadora para o mercado e para a sociedade. No novembro negro e durante todo o ano, vale a pena conhecer e apoiar essas iniciativas, que contribuem para a valorização da diversidade, da inovação e do desenvolvimento inclusivo.
6 de novembro de 2023
Você já pensou em como as vivências corporativas podem ajudar os RHs e gestores a fortalecer estratégias de Team Building e gerar melhores resultados para a empresa? As vivências corporativas são atividades que envolvem desafios, jogos, dinâmicas e experiências que estimulam o desenvolvimento de competências e habilidades essenciais para o trabalho em equipe, como comunicação, liderança, criatividade, resiliência e cooperação. Elas podem ser realizadas presencialmente ou online, de acordo com as necessidades e possibilidades de cada organização. Destacamos nesse rol de possibilidades as atividades que envolvem conhecer lugares e histórias da própria cidade ou de cidades próximas, em que seja possível realizar um bate volta com as equipes. Esse tipo de atividade, desenvolve uma vasta possibilidade de conhecimento e interações futuras entre quem participa das dinâmicas propostas e que levam essa experiência para o ambiente de trabalho em forma de maior colaboração entre colegas, melhoria no diálogo e consequente resolução de problemas. Aumenta o engajamento entre o time, uma vez que um curto passeio ou viagem gera histórias comuns que podem ser compartilhadas e desencadeiam uma série de benefícios ao longo das semanas e meses seguintes. Na imagem que ilustra esta postagem, está um exemplo de conexão gerada por uma vivência do Grupo de Empreendedores do Black Founders Fund, do Google for Sartups Brasil, na Fazenda Roseira, em Campinas. Um bate volta que traz à tona memórias e o conhecimento de histórias que muitas vezes ficam impossibilitadas por conta das agendas atribuladas de empreendedores e colaboradores. Mas quando isso vira uma atividade coletiva, é a chance de aprender com o olhar do outro. Parar, respirar, se inspirar em outras histórias que podem te ajudar a superar alguns desafios na jornada corporativa. As vivências corporativas, como o exemplo de viagem ou passeio, trazem diversos benefícios para os colaboradores e para a empresa, como: - Aumento da motivação, engajamento e satisfação dos funcionários; - Melhoria do clima organizacional e da cultura da empresa; - Fortalecimento dos vínculos e da confiança entre os membros da equipe; - Estímulo à inovação, à criatividade e à solução de problemas; - Desenvolvimento de competências técnicas e comportamentais; - Redução do estresse, e sensação de pertencimento. Cada vez mais empresas apostam em vivências e relatam essas ações em forma de resultados. A conclusão geral é que times mais engajados e que compartilham histórias em comum, proporcionados por atividades coletivas principalmente, performam melhor. E hoje em dia, com times cada vez mais diversos, essa prática ajuda na construção de laços que vão incentivam uma melhora no dia a dia do ambiente de trabalho. Se você quer saber mais sobre como implementar as vivências corporativas na sua empresa, entre em contato conosco. Vamos juntos te ajudar a planejar e executar as melhores atividades para o seu negócio e construir equipes de alta performance!